domingo, 29 de abril de 2018

Blade Runner e a questão da morte

CINEMA E HUMANIDADES: Blade Runner e a questão da morte

por Rogério Beier

Quem já assistiu ao clássico Blade Runner, o caçador de andróides, sabe que o tema principal do filme é a questão da finitude do ser humano, isto é, a morte. Nós, humanos, sempre fomos inconformados com o fato de que um dia cessaremos de existir, e vivemos nossos dias sempre a tentar postergar aquele que será o nosso encontro final. Está aí todo o progresso da medicina que não me deixa mentir sozinho.

Bom, após este pequeno preâmbulo, o que pretendemos é fazer um jogo imaginativo, através de uma passagem do filme, que te permita captar esse inconformismo que os humanos sentem frente a sua própria finitude.

Imagine que você saiba o dia de sua morte e que tenha a oportunidade única de conhecer o seu Criador, sem que para isso, obviamente, fosse necessário morrer. Imaginou? Muito bem! Agora pense que mais além do que meramente vê-lo, você poderá falar com Ele, isto é, você poderia trocar umas palavrinhas com Deus. Pegou a idéia? Pois bem, nessas condições, se essa oportunidade fosse realmente dada a você, o que você falaria ao seu Criador?

Para Roy Batty, personagem vivido por Rutger Hauer no filme Blade Runner, não foi tão difícil assim. Ao encontrar Tyrell, seu Criador e dono da Tyrell Corporation, a produtora dos replicantes Nexus 6, mandou uma frase que ficaria clássica entre os admiradores de Blade Runner: "Eu quero mais vida, seu escroto!". Simples e contundente! Demonstra perfeitamente o drama vivido pelos humanos diante de sua finitude.

http://trialetica.blogspot.com.br/2007/01/cinema-e-humanidades-blade-runner-e.html


quinta-feira, 26 de abril de 2018

O filme de arquivo de Marcelo Masagão



Uma edição eficiente, roteiro ousado e milhares de imagens de arquivo fizeram Marcelo Masagão recontar histórias há muito esquecidas
Na era das redes sociais, produzimos initerruptamente imagens e conteúdos que ilustram nosso dia a dia. Se muito dessas fotografias passam despercebidas por nós, o que dizer das imagens arquivadas dos tempos remotos? O diretor Marcelo Masagão, atualmente responsável pelo Festival do Minuto, decidiu trazer os registros originais de homens e mulheres do século XX com o filme Nós que aqui estamos, por vós esperamos (1998), um primoroso trabalho de montagem que resgata toda a atmosfera daquele tempo.

Miriam Chnaiderman, uma psicanalista que faz cinema


Realização

Andréa Carvalho Mendes de Almeida, Bela M. Sister, Danielle Breyton, Renata Puliti, Silvio Hotimsky e Susan Markuszower

“Uma psicanalista que faz cinema”, assim Miriam Chnai­der­man se auto-define e delimita, embora esteja sempre aberta a novos interesses, aos quais se entrega com encantamento, como pode ser visto nesta entrevista realizada em março de 2008.

O prazer nos estudos de filosofia, psicologia e psicanálise, o gosto pela literatura, música, cinema – as artes em geral – marcam sua trajetória intelectual, na qual se destacam o mestrado em literatura e psicanálise – é mestre em comunicação e semiótica pela puc-sp –, o doutorado em teatro – é doutora em artes pela Escola de Comunicação e Artes da usp –, e o pós-doutorado no Laboratório de Psicopatologia Fundamental da puc.

Em seus escritos, Miriam procura atravessar esses diferentes campos da cultura, enriquecendo o diálogo entre eles. É na relação entre estética e psicanálise que busca as possibilidades de criação nesta práxis e a compreensão de sua própria clínica, num permanente questionamento. Como as intensidades afetivas podem tomar forma? Como nomear algo que não tem forma, que não cabe no discursivo? Aimportância das formas expressivas, não-discursivas, constitui o principal foco de suas reflexões.

Sua vasta produção pode ser estimada em seus livros publicados – O hiato convexo: literatura e psicanálise (Brasiliense, 1989), Ensaios de psicanálise e semiótica (Escuta, 1989) –, e em inúmeros ensaios em coletâneas, revistas especializadas e suplementos de cultura dos jornais paulistanos.

Não bastasse isso, desde 1994, Miriam também se dedica aofazer cinema. Em seus documentários, procura “dar voz ao que, em nosso mundo, é silenciado”. Os nomes de seus documentários sinalizam nessa direção: “Dizem que sou louco” (1994), “Artesãos da morte” (2001), “Sobreviventes” (2008), entre outros. O cuidado que tem com seus “personagens” não se restringe à acolhida que oferece durante a filmagem dos depoimentos. Reconhece neles o desejo de querer saber a que sua imagem serviu, e aborda esse tema como uma questão ética.

No relato de sua trajetória revelam-se momentos significativos da história da psicanálise em São Paulocomo a formação do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e a situação política do país na década de 1970/1980.

Sua pertinência a essa instituição lhe “dá um contorno como psicanalista”, mas sua marca característica é estar permanentemente aberta e atenta ao que acontece no mundo e na psicanálise, refletindo, escrevendo e filmando numa inesgotável e admirável capacidade de produção e criação.

Segue link para a postagem na íntegra

http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs40/40Entrevist.htm

O zero não é vazio, por Marcelo Masagão



Ficha Youtube:

O zero não é vazio Documentário que retrata o exercício da escrita. O zero não é vazio aborda o lugar que a escrita tem para aquele que escreve. O gesto da escrita revela em cada um a unicidade. São escritas muito singulares ou excessivas, mas raramente lidas, pois não se conformam aos códigos já estabelecidos. Não se baseiam no sentido, não buscam uma comunicação. Subvertem as leis da linguagem, inventam palavras, manipulam as letras, modelam o vazio.
O diretor Marcelo Masagão apresenta com grande sensibilidade como foi possível para alguns sujeitos elaborar a sua questão valendo-se de um certo exercício de escrita que parece não demandar autoria. Escritos distribuídos, jogados fora, que os cineastas colhem e acolhem com a realização do filme. Reprise. 52 min.


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cineastas de todo o Brasil protestam contra a demolição da Democracia pelos golpistas de 2016


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A Democracia corrompida
Sim, vivemos no país da corrupção. Pois, corrompidas estão a nossa sociedade e o seu sentimento de solidariedade, nossa tolerância com as diferenças e a esperança de nos tornarmos uma nação mais justa e de oportunidades iguais para todos.
Corrompido está o Estado Brasileiro, quando as instituições e as leis republicanas são relegadas, dando lugar a decisões arbitrárias na luta selvagem pelo poder e manutenção de privilégios.
Corrupção é a usurpação não somente de bens materiais, mas também do patrimônio imaterial e dos direitos consagrados na Constituição Cidadã de 1988.
Em nossa democracia corrompida, reina a barbárie por meio da violência física e simbólica contra negros, índios, mulheres, LGBTs, idosos e crianças, notadamente, os mais pobres.
Em nossa democracia corrompida, políticos e empresários corruptos parecem desejar a volta do trabalho escravo e latifundiários expulsam camponeses, chacinam índios e lideranças dos movimentos sociais.

sábado, 21 de abril de 2018

O Turista no Espelho, por Lourival Belém

As vezes as pessoas estão fora da nossa história: era este o caso de Lourival Belém
As vezes elas entram na nossa história: é este o caso de Lourival Belém

Eu já havia lido alguma coisa sobre ele, talvez o tenha visto no FestCine Goiania, realizado no segundo semestre do ano passado, no Cine Ouro,  espaço do Estado, não sei ao certo se município ou província de GO, quer dizer, Rio Meia Ponte

No entanto nesta noite, após a exibição do seu filme, ele Lourival entrou na história do SPIN e, ainda mais, por termos sido amigos comuns de Deusdete do Carmo Martins, uma espécie de Mãe Preta para o movimento anti-manicomial...

Me chamou a atenção quando o spin cineasta afirmou que estava para baixo, feito anjo caído, quando se encheu de conatus ao entrar em contato com as nações indígenas.

Agora sei: ele estava oculto para mim porque não estava individuado e sim num enxame, num monturo, numa assemblage onde o indivíduo perde força presença.


Segue artigo sobre a obra do cineasta:

Em caráter de pré-estreia, “O Turista no Espelho” tem exibição na mostra “O Amor, a Morte e as Paixões” dentro da mini-mostra em comemoração aos 40 anos do Cineclube Antônio das Mortes

Imagens que se fundem para mostrar uma terra triste e devastada lembram elementos de “Cinzas do Norte”, de Milton Hatoum, citado no filme, amarrando o sentido semântico de sua narrativa | Foto: Guaralice Paulista
Leitor de Eduardo Viveiros de Castro e Manuela Carneiro da Cunha, membro atuante do Coletivo Liberdade, funcionário público com o cargo de médico psiquiatra, que defende diuturnamente minorias como moradores de rua, ciganos, comunidades quilombolas, indígenas, Lourival Belém Jr também é cineasta premiado, diretor e roteirista de documentários importantes na cinematografia goiana de curtas-metragens.

Lourival Belém, spin cineasta, por Giba

O olhar que esquadrinha as paisagens, por Giba


Foto- Michel Capel

Lourival Belém Jr., médico e documentarista goiano, entre a arte a cidade


Quem ama a cidade deixa-a morar por inteiro em sua alma, sem execrá-la por ser cruel e célere, vulgar e altiva, por ser bela, mas carregada de pequenos horrores. Não a nega por ser o lugar plural e volúvel, que num átimo muda as cores, os cheiros e as vias de acesso, esquecendo o primeiro afeto para beijar o outro que chega de repente.

Quem ama a cidade, vive-a, e a observa com uma espécie de desejo e repulsa que só a arte é capaz de traduzir. Em Goiânia há um homem assim, fascinado pelos signos das ruas, senhor de uma lente crivosa que tudo ama como quem se espanta, e olha para a capital goiana, onde nasceu, cresceu e se formou, com a mesma intensidade humana que usa para exercer sua profissão, a medicina.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Adirley, um cineasta que foge do padrão convencional


Ceilandense Adirley Queirós se consolida como “o cineasta do DF”

Ao assistir a um filme deste spin cineasta vi que ele não seguiu o modelo redondo tradicional de começo meio e fim, ...ele fugiu da narrativa tradicional....foi quando procurei a página do spin cineasta para postar postar resultado de uma busca que eu havia feito sobre ele Adirley....mas não havia uma página criada, de forma que resolvi reconfigurar uma das URL já criadas, alterando-a para Spin Cineasta: opa! é essa URL esquisita chamada spin assincrono, que coisa esquisita, vou sumir com isso....mas ao ver o que eu havia postado na página do spin assincrono, vi que batia com o perfil de Adirley....então ficou....


Uma dúvida: devo criar uma página para o Spin Cineasta ou Spin Cinéfilo....
????
Não sei....
Sim, acho que posso guardar as coisas de Adriley lá também, pois ele é assincrono mas, também, cinenasta,....

]segue postagem sobre Adirley:

Com um Candango no currículo e favorito ao prêmio deste ano, o diretor acumula reconhecimento internacional e obras combativas



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HUGO BARRETO/METRÓPOLES


http://spinassincrono.blogspot.com.br/2018/04/ceilandense-adirley-queiros-se.html