sábado, 5 de dezembro de 2020

O que ficou para trás?



Um texto comentário sobre esse filme

A realidade é mais assustadora do que o sobrenatural em 'O Que Ficou Para Trás'


Dos filmes de ficção científica surgiu nos últimos anos o subgênero “alt.sci-fi” (plots tradicionais do gênero como pretexto para discutir temas existenciais e psicológicos). “O Que Ficou Para Trás” (“His House”, 2020 disponível na Netflix), ao lado do horror racial de “Corra!” (2017), ensaia da mesma maneira um novo subgênero, agora no gênero horror: o “alt.terror”, tradicionais plots do gênero como pano de fundo para temas existenciais e políticos. A partir do tema clássico da casa assombrada, “O Que Ficou Para Trás” discute os problemas existenciais em torno dos refugiados na Europa e o ressentimento contra os estrangeiros como resultante da geopolítica global que produz guerras híbridas em alvos políticos das grandes corporações petrolíferas – no caso, refugiados do Sudão do Sul. Um novo tipo de terror onde a realidade pode ser mais estranha e assustadora do que os elementos sobrenaturais.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Spin continuísta

Um continuísta de cinema é:
 "um assistente de direção, que ajuda a pensar nos enquadramentos, conhece o roteiro plenamente, participa dos ensaios, tem que conhecer bem os atores, dialoga com a equipe de arte, com a equipe de som, com a equipe de fotografia e, principalmente, com a de direção."

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Camocim



Vitrine Filmes disse:

 A cada quatro anos, o cotidiano calmo e tranquilo de Camocim de São Félix, pequena cidade do interior do Pernambuco, é chacoalhado. 

Durante a campanha municipal, a cidade se divide em duas, e todas as vidas parecem orbitar em torno da política. 

No meio deste mercado eleitoral, Mayara, 23 anos, tenta fazer uma campanha “limpa” para eleger seu candidato e amigo César. 



O título deste filme me chamou a atenção....então fiz uma busca, e vi que há outra cidade, no Ceará, com o mesmo nome

Duas cidades interessantes: Camocim-CE e Camocim de São Félix, em PE. 



Temeridade deve ser por certo a nosso querer parafrasear o ilustre romancista José de Alencar, quando em suas notas ao seu imortal romance “Iracema” nos explica o significado etimológico da palavra - Camocim.

Ao grande saber e vastas luzes do notável brasileiro deveram, contudo impor, concernente ao assunto, que nos ocupa neste momento, o que nos deve parecer, ou de fato é mais lógico e racional na interpretação do nome – Camocim, que ele a nosso ver, arbitrariamente faz-se derivar da frase indígena; - “Co ambyra anhotim”, como se lê nas referidas notas de sua Iracema, 7ª edição, pag. 209 – not. Pag. 47, onde assim disserta – Camocim – “Vaso onde se encerravam os indígenas os corpos dos mortos e que lhes serviam de túmulo; outros dizem Camotim e talvez com melhor ortografia; porque, se não me engano, o nome é corrupção da frase: - CO, buraco, AMBYRA, defunto e ANHOTIM, enterrar – Buraco para enterrar defunto, c’aan’otim. O nome dava-se também a qualquer pote.

Ora, a prevalecer tal etimologia, a consequência seria muitos outros lugares no Ceará deviam ser igualmente batizados por, - CAMOCIM-, pois em todas as tabas deviam se dar sepultamentos de indígenas pela forma por que costumavam fazê-los, colocando os cadáveres dentro de potes, ou vasos de barro para esse fim destinados.

Fazer frase – Co ambyra anhotim a palavra – Camocim é revelar uma faculdade de interpretação ou de cifração excedente a de muitos champollions reunidos. Por isso mesmo sempre nos pareceu erronia e inaceitável tal significado – Camocim -, sendo preferível deixá-la antes sem interpretação do que adotar uma tão abstrusa.

No entanto parece-nos que a verdadeira tradução da palavra – Camocim é a que passamos a expor:

Folheando-se o dicionário de Bouillet, 13ª edição, encontra-se a palavra – khamsin com a seguinte significação: - Vento abrasador do Egito que sopra no deserto; se o nome vem do Egípcio – K’namsin – cinquenta – porque esse vento sopra somente durante os cinquenta dias que precedem ao equinócio da primavera.

domingo, 9 de setembro de 2018

O documentário turco "Gatos" ou: Gatos sabem que não somos deuses



O documentário turco 'Gatos' traz uma reflexão curiosa. Um dos entrevistados diz que, enquanto os cães acham que os seres humanos são deuses; os gatos sabem que isso não é verdade. Para os felinos, as pessoas seriam meros intermediários entre o profano e o sagrado. Por isso, eles são mais independentes, prezando a liberdade de não ter um dono.
A rica observação é apenas um dos motivos para assistir à obra de Ceyda Torun. A diretora elege sete gatos, entre as centenas de milhares de Istambul que, sem proprietários, circulam e se relacionam com o seu entorno, constituindo autênticos personagens de uma metrópole pulsante, em que o porto, a especulação imobiliária e certo ar provinciano convivem.
O encanto do filme está na maneira como são articuladas as imagens dos gatos; se espreguiçando, caçando alimento, disputando espaço, ganhando carinhos; e os habitantes da cidade. Há depoimentos tocantes, como os que atribuem aos felinos a capacidade de indicar a presença de dinheiro ou ainda de curar tormentos da alma.
Os entrevistados são diversos origens: de um pragmático dono de restaurante a uma reflexiva artista plástica. Eles lançam sobre os gatos, cada um dentro de suas referências, distintos olhares. Falando em olhos, essa parte do corpo dos felinos é ressaltada no filme. Afinal, são eles que, sem adoração, nos lembram que não somos deuses, não é mesmo?
(*)Oscar D'Ambrosio é Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.



Continua na página do mitógrafo

http://spinmitografo.blogspot.com/


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

2ª Mostra Cinema Psi destaca a mulher no mundo contemporâneo

Vale a pena assistir ao filme e ouvir o que a psicanalista Ruskaya Maia tem a dizer. #cinemapsi

https://www.facebook.com/lcassiaf/videos/pcb.2067850889893655/2067849003227177/?type=3


Profissionais de diferentes abordagens da psicologia, psicanálise e psiquiatria estarão reunidos, pela primeira vez em Goiânia, em torno dos 13 filmes programados para a 2ª Mostra Cinema Psi – A dor e a delícia de existir, de 22 a 29 de agosto, no Cine Lumière Bougainville. A programação tem início na noite de 22 de agosto, a partir das 19h30, com a palestra “A mulher e o amor romântico no mundo contemporâneo”, do filósofo, escritor e ensaísta brasileiro Luiz Felipe Pondé.

Idealizada pelo diretor da rede Cinemas Lumière, Gerson Santos, com curadoria do professor de cinema da Universidade Federal de Goiás, Lisandro Nogueira, a 2a edição da mostra é realizada pelos Cinemas Lumière, com o apoio cultural da Unimed Goiânia e Unipaz, e promoção de O Popular e Rádio Executiva. Durante toda a programação da mostra, todos pagam meia entrada. Os valores variam de R$ 15 (sessão de filme sem debate) a R$ 70 (palestra Luiz Felipe Pondé), com benefícios para clientes Unimed e Unipaz e filiados à APUC.


Filmes – Escritoras, filósofas, artistas, jovens, adolescentes, crianças especiais, mulheres maduras e outras personagens encontram nos filmes curados por Lisandro Nogueira um canal para a vazão de seus desejos, angústias e mistérios. Os 13 títulos – Hilda Hilst pede contato (Brasil, doc, 2018, 75′, direção: Gabriela Greeb), Dahpne(Reino Unido, drama, 2016, 93′, direção: Peter Mackie Burns), Oh Lucy! (Japão / EUA, drama, 2017, 95′, direção: Atsuko Hirayanagi, Shinobu Terajima, Josh Hartnett), A festa(Reino Unido, drama / comédia, 2017, 71′, direção: Sally Potter), Yonlu (Brasil, drama, 2017, 88′, direção: Hique Montanari), À ciel ouvert (França / Bélgica, documentário, 2014, 112’, direção: Mariana Otero), Cachorros (França / Chile, drama, 2017, 94′, direção: Marcela Said), Egon Schiele – Morte e a donzela (Áustria / Luxemburgo, drama, 2016, 109′, direção: Dieter Berner), Elena (Brasil, documentário, 2013, 82′, direção: Petra Costa), Benzinho (Brasil, drama, 2018, 95′, direção: Gustavo Pizzi), 45 Anos (Reino Unido, drama, 2015, 95′, direção: Andrew Haigh), A outra Mulher (França, comédia, 2018, 84′, direção: Daniel Auteil) e Hannah (Bélgica / França / Itália, drama, 2017, 95′, direção: Andrea Pallaoro) – serão o ponto de partida para a discussão de diversos assuntos relacionados ao “ser mulher” na contemporaneidade, como o envelhecimento, as desilusões amorosas, o empoderamento feminino, os laços familiares, a maternidade e a solidão.

Convidados – Além de Luiz Felipe Pondé, são convidados desta edição a psicanalista e escritora Regina Navarro, o psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP Christian Dunker, além de renomadas profissionais atuantes em Goiânia, como a psicóloga Gina Bueno, a psiquiatra Valéria Ávilla, e as psicanalistas Glacy Roure, Luciane Carneiro, Luciene Godoy, Márcia Marina, Ruskaya Maia e Valéria Ferranti.

Curso – Durante a semana da mostra, a Delegação de Goiás e do Distrito Federal da Escola Brasileira de Psicanálise promove o curso Autismo e Psicose na Infância, ministrado pela psicanalista Valéria Ferranti, no dia 25 de agosto, das 8h30 às 10h30, na sede da escola (Rua Dr. Olinto Manso Pereira, n. 673, sala 305, Setor Sul). O investimento é de R$ 100 e a inscrição pode ser realizada com o envio de e-mail para eventosdg.godf@gmail.com . Após o curso, às 11h, ocorre a transmissão da conferência internacional sobre autismo, proferida pela psicanalista Véronique Marriage direto de Bogotá.

SAIBA MAIS EM:
Verifique a programação, palestrantes e valores dos ingressos em: www.cinemaslumiere.com.br/cinemapsi
Pontos de Venda: Bilheteria unidade Lumière Bougainville ou www.cinemaslumiere.com.br


domingo, 29 de julho de 2018

Os passageiro da terceira classe

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Cara spin curadora Márcia Denser,

Sobre cinema e ideologia, o que tenho em mente são lembranças torturantes de minhas viagens quando viajo de ônibus para alguma parte do Brasil. 

NADA A VER COM REJEIÇÃO AO VEÍCULO ÔNIBUS

Muto pelo contrário, sinto-me muito mais seguro no interior de um ônibus do que num veículo de passeio. 

O TIRA-PRAZER

No entanto há uma coisa que me tira o prazer: os filmes que são exibidos durante a viagem: jamais filmes nacionais ou, mesmo estrangeiro, que de alguma forma te transporte por seu conteúdo. Infalivelmente são filmes violentos: quanto mais sangue, melhor e, mais: as pessoas não notam que na viagem há crianças.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Aldo Moro, o Filma....e Lula

The last days of Aldo Moro, por Fábio de Oliveira Ribeiro

The last days of Aldo Moro
por Fábio de Oliveira Ribeiro
Como a maioria dos brasileiros acompanhei a cobertura do sequestro e morte de Aldo Moro pela televisão sem entender muito bem o que estava ocorrendo na Itália. Ontem topei com o belo documentário sobre aquele episódio:

The last days of Aldo Moro from Emmanuel Amara on Vimeo.
Nenhum paralelo pode ser traçado entre Aldo Moro e Lula. Mesmo assim, me parece evidente que alguns aspectos dos dois casos são semelhantes.

terça-feira, 12 de junho de 2018

O cartaz de Terra em Transe

Há muito tempo que não tinha um desafio gostoso no Face até que Lilian Zaremba me colocou nesse desafio de postar um cartaz de filme antigo. E é claro não poderia deixar de escolher o cartaz de meu filme brasileiro predileto “Terra em transe” , Glauber Rocha, 1967

quarta-feira, 6 de junho de 2018

O imprescindível documentário Ilha das Flores, de Jorge Furtado



 Jornal GGN - O curta-metragem brasileiro Ilha das Flores, escrito e dirigido por Jorge Furtado, é um dos 100 mais importantes curtas do século, eleito pela crítica europeia. Está listado no livro '1001 Filmes para Ver Antes de Morrer', de Steven Jay Schneider. Mas não é por isso que você precisa ver. Existem outras e boas razões. O filme é de 1989.

A descrição ajuda a entender sua importância e a crítica feroz do sistema. "Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. O filme segue-o até seu verdadeiro final e então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos".

O curta mostra a realidade, de como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. Aborda o atual, sempre atual, modo de produção e consumo do sistema capitalista, que gera o consumismo e, na esteira, uma imensa desigualdade social.
Segundo Furtado, o filme é inspirado em leituras de Kurt Vonnegut e nos filmes de Alain Resnais.



domingo, 29 de abril de 2018

Blade Runner e a questão da morte

CINEMA E HUMANIDADES: Blade Runner e a questão da morte

por Rogério Beier

Quem já assistiu ao clássico Blade Runner, o caçador de andróides, sabe que o tema principal do filme é a questão da finitude do ser humano, isto é, a morte. Nós, humanos, sempre fomos inconformados com o fato de que um dia cessaremos de existir, e vivemos nossos dias sempre a tentar postergar aquele que será o nosso encontro final. Está aí todo o progresso da medicina que não me deixa mentir sozinho.

Bom, após este pequeno preâmbulo, o que pretendemos é fazer um jogo imaginativo, através de uma passagem do filme, que te permita captar esse inconformismo que os humanos sentem frente a sua própria finitude.

Imagine que você saiba o dia de sua morte e que tenha a oportunidade única de conhecer o seu Criador, sem que para isso, obviamente, fosse necessário morrer. Imaginou? Muito bem! Agora pense que mais além do que meramente vê-lo, você poderá falar com Ele, isto é, você poderia trocar umas palavrinhas com Deus. Pegou a idéia? Pois bem, nessas condições, se essa oportunidade fosse realmente dada a você, o que você falaria ao seu Criador?

Para Roy Batty, personagem vivido por Rutger Hauer no filme Blade Runner, não foi tão difícil assim. Ao encontrar Tyrell, seu Criador e dono da Tyrell Corporation, a produtora dos replicantes Nexus 6, mandou uma frase que ficaria clássica entre os admiradores de Blade Runner: "Eu quero mais vida, seu escroto!". Simples e contundente! Demonstra perfeitamente o drama vivido pelos humanos diante de sua finitude.

http://trialetica.blogspot.com.br/2007/01/cinema-e-humanidades-blade-runner-e.html


quinta-feira, 26 de abril de 2018

O filme de arquivo de Marcelo Masagão



Uma edição eficiente, roteiro ousado e milhares de imagens de arquivo fizeram Marcelo Masagão recontar histórias há muito esquecidas
Na era das redes sociais, produzimos initerruptamente imagens e conteúdos que ilustram nosso dia a dia. Se muito dessas fotografias passam despercebidas por nós, o que dizer das imagens arquivadas dos tempos remotos? O diretor Marcelo Masagão, atualmente responsável pelo Festival do Minuto, decidiu trazer os registros originais de homens e mulheres do século XX com o filme Nós que aqui estamos, por vós esperamos (1998), um primoroso trabalho de montagem que resgata toda a atmosfera daquele tempo.

Miriam Chnaiderman, uma psicanalista que faz cinema


Realização

Andréa Carvalho Mendes de Almeida, Bela M. Sister, Danielle Breyton, Renata Puliti, Silvio Hotimsky e Susan Markuszower

“Uma psicanalista que faz cinema”, assim Miriam Chnai­der­man se auto-define e delimita, embora esteja sempre aberta a novos interesses, aos quais se entrega com encantamento, como pode ser visto nesta entrevista realizada em março de 2008.

O prazer nos estudos de filosofia, psicologia e psicanálise, o gosto pela literatura, música, cinema – as artes em geral – marcam sua trajetória intelectual, na qual se destacam o mestrado em literatura e psicanálise – é mestre em comunicação e semiótica pela puc-sp –, o doutorado em teatro – é doutora em artes pela Escola de Comunicação e Artes da usp –, e o pós-doutorado no Laboratório de Psicopatologia Fundamental da puc.

Em seus escritos, Miriam procura atravessar esses diferentes campos da cultura, enriquecendo o diálogo entre eles. É na relação entre estética e psicanálise que busca as possibilidades de criação nesta práxis e a compreensão de sua própria clínica, num permanente questionamento. Como as intensidades afetivas podem tomar forma? Como nomear algo que não tem forma, que não cabe no discursivo? Aimportância das formas expressivas, não-discursivas, constitui o principal foco de suas reflexões.

Sua vasta produção pode ser estimada em seus livros publicados – O hiato convexo: literatura e psicanálise (Brasiliense, 1989), Ensaios de psicanálise e semiótica (Escuta, 1989) –, e em inúmeros ensaios em coletâneas, revistas especializadas e suplementos de cultura dos jornais paulistanos.

Não bastasse isso, desde 1994, Miriam também se dedica aofazer cinema. Em seus documentários, procura “dar voz ao que, em nosso mundo, é silenciado”. Os nomes de seus documentários sinalizam nessa direção: “Dizem que sou louco” (1994), “Artesãos da morte” (2001), “Sobreviventes” (2008), entre outros. O cuidado que tem com seus “personagens” não se restringe à acolhida que oferece durante a filmagem dos depoimentos. Reconhece neles o desejo de querer saber a que sua imagem serviu, e aborda esse tema como uma questão ética.

No relato de sua trajetória revelam-se momentos significativos da história da psicanálise em São Paulocomo a formação do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e a situação política do país na década de 1970/1980.

Sua pertinência a essa instituição lhe “dá um contorno como psicanalista”, mas sua marca característica é estar permanentemente aberta e atenta ao que acontece no mundo e na psicanálise, refletindo, escrevendo e filmando numa inesgotável e admirável capacidade de produção e criação.

Segue link para a postagem na íntegra

http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs40/40Entrevist.htm